sexta-feira, 24 de julho de 2009

A cidade

A cidade estremece-te o corpo, as árvores sombreiam-te os ombros, as ruas abrem-se quando tu passas. A cidade move-se aos teus pés, como tu gostas, e agita-se e segue-te.
As montras cobrem os teus gestos, os teus passos dividem-se entre as pedras soltas.
Sentes que não te conheces, apenas o teu leve relevo, a tua dureza, e apercebes-te que já não sabes quais são os limites por onde passas.
E assim, anoitece devagar, e a cidade esconde-se para que só tu existas.

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