segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Digo

que não é de ontem que o deserto me aniquila
que não foi de ontem, que as lendas reviraram
que céu derramou água
as areias farpas,
na pronúncia de um olhar
Diz-me,
que não é de hoje, este inquieto murmurar
este medo, que arrasta
que me prende e que me afasta
num instante sussurrar

Diz-me,
que não é hoje, que me negas
Que me trazes um poema
para eu viver no mar

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Nem nada


Nem o rompante renasce no tempo nem as chuvas enfurecem o vento. O tempo, quando te esqueces, acorda cinzento e num delírio diz que me escreves.  

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Garota, diz ele

Desligada de sentenças menores, ela (a garota) não hesitou em voltar. Dizem que lá fazem-nos de algodão, (doce...suponho) e que nos levam à boca em horas impróprias.
Ele, olha-a numa cumplicidade irrisória, que mal se sente...
Ela (a garota) que é quase louca, finta-lhe um beijo e no silêncio faz-se uma estátua.
O fumo, rendeu-lhe uns breves instantes e os riscos (da dita garota) foram quase mínimos.
Portanto, fuck it, man.
Era apenas um charuto, disse ela (a garota) que já está numa outra!

Baseado numa garota,
diz ele...




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