quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vou-te contar uma história (bem baixinho…)

Cabelo grisalho, olhos azuis, alto e corpulento. Seu rosto parecia esculpido de pedra, seus traços eram perfeitos, seu olhar parecia de vidro, como se de alguma forma fosse possível ver o seu interior, genuíno, puro e transparente …. ah e muito sedutor!
Um professor fascinante, com um nível intelectual acima da média, ainda assim, modesto, simples, com um poder divino sobre a forma de ensinar, de interagir, de cativar, de chegar lá, onde muitos não conseguem….
Durante o seu discurso, os seus alunos entravam numa outra dimensão, era como se as suas palavras circulassem dentro da sala, as janelas se abrissem e entrava um novo ar que nos paralisava sobre a presença deste senhor. Entendes, quando eu digo que tinha um poder divino?
Um dia, contou-nos um episódio da vida pessoal, para explicar a coisa mais simples da vida, mas como normalmente, tudo o que parece demasiado simples não lhe damos a devida importância, explicou-nos de uma outra perspectiva.
Então aprendemos que, não podemos escolher como nos sentimos, mas podemos sempre fazer alguma coisa. Que enquanto damos importância aos ressentimentos e angústias, a felicidade vai para outro lado (talvez para o outro lado da vida). Aprendemos que as oportunidades nunca se perdem, contudo, aquelas que desperdiçamos, alguém as aproveita. Aprendemos muitas mais coisas… mas o que me ficou na memória foi aquela frase que já todos nós ouvimos, mas que dita pelas palavras deste senhor soou-me de uma outra forma: e nada na vida acontece por acaso.
Obrigada por ter existido nas nossas vidas, na minha vida e por nos ter transmitido as suas palavras, a sua integridade, a sua dignidade, o seu respeito, por ter partilhado a sua vida, os seus conhecimentos e por tudo o resto.
Entendes agora….porque contei esta história?

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